1925
O Paraná foi um dos estados beneficiados pelo Acordo do Café, selado em 24 de abril de 1931. O documento publicado pelo governo federal estabeleceu que estados brasileiros que tivessem menos de 50 milhões de pés de café plantados estariam imunes às medidas do decreto 19.688, que proibiu o plantio do grão no país.
Sob o efeito mágico desse acordo, a propaganda da Companhia sussurrava promessas de um novo começo: "Pelo Decreto Federal n.º 20.003 foi permitido o livre plantio de café no Norte do Paraná". O solo promissor, acariciado pela possibilidade do cultivo, viu surgir os primeiros rebentos da futura cidade de Londrina.
Até seu nome consolidar-se como Londrina, entre 1931 e 1932, o lugar foi chamado por nomes diferentes. Por um breve período, era referenciada sob o nome “Cafezal”, de acordo com o relato de Erwin Frölich, mas também corria o comentário de que aquele lugar era o "Patrimônio dos Ingleses", tendo em vista a origem dos colonizadores; ainda assim, Hikoma Udihara, o corretor que tinha a exclusividade de venda das terras para os japoneses, proclamava a "Colônia Internacional", considerando a diversidade de etnias que florescia com a promessa das terras.
Mas o que é uma cidade senão uma história entrelaçada de escolhas e momentos decisivos? Maio de 1932 trouxe um visitante ilustre: o general Arthur Asquith, diretor da matriz, veio ao Norte do Paraná conhecer a cidade que surgia. No desdobramento deste acontecimento, durante um jantar, a história oficial credita a João Sampaio a sugestão do nome "Londrina", que emergiu como reverência às filhas de Londres – uma homenagem aos ingleses da "Paraná Plantations Company". Os aplausos de todos os presentes foi o sim que selou o destino.
Londrina logo se tornou um celeiro produtivo. A jornada, pelo café, estava desenhada, e investidores de diversas terras cruzaram oceanos para tomar o seu lugar nesta história.
Fontes: “Londrina aos 86 anos, com a ousadia de origem”, Widson Schwartz. CBN Londrina / Acervo Londrina Histórica.
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