1940
Na década de 1930, a Vila Casoni era um novo espaço urbano de Londrina e um ponto de acolhimento para muitos migrantes que chegavam à região. A maioria dos moradores era composta por famílias de trabalhadores, principalmente vindas de São Paulo e Minas Gerais, em busca de melhores oportunidades econômicas. Com a promessa de terras férteis e a expansão do cultivo do café, Londrina tornou-se um destino atraente, e a Vila Casoni, com sua localização estratégica, próxima ao centro urbano, oferecia moradia acessível para essas famílias que buscavam recomeçar.
A convivência na Vila Casoni nos primeiros anos era marcada pelo espírito de solidariedade entre os moradores. A vida comunitária se desenvolvia de forma intensa, pois os serviços públicos ainda eram escassos e a infraestrutura, precária. As ruas não eram pavimentadas, e a falta de saneamento básico era um desafio constante. Em meio a essa realidade, a colaboração entre vizinhos tornava-se essencial para superar as adversidades. A criação de pequenos comércios locais também foi fundamental para o desenvolvimento da comunidade.
Esse contexto também moldou a identidade social da Vila Casoni, que se caracterizou como um bairro operário. Com o crescimento de Londrina e a demanda por mão de obra em diferentes setores, muitos dos habitantes do bairro encontraram emprego em fábricas e comércios na região. Isso fez com que a Vila se tornasse uma referência para os trabalhadores da cidade, consolidando sua importância social e econômica.
A diversidade de culturas e sotaques, resultado da chegada de migrantes de diferentes partes do Brasil e também de imigrantes, deu à Vila Casoni uma identidade plural. Esse mosaico cultural influenciou tanto as tradições locais quanto reforçou o caráter de resistência e trabalho da comunidade.
Na foto, aparece a Casa Brasileira, ponto de comércio e de encontro da comunidade nos primeiros anos do bairro.
Fontes: Leonardo Henrique de Souza. Vila Casoni (1930 -1950): fundação baseada no depoimento de Domingos Casoni. Universidade Estadual de Londrina, 2018. / Acervo Londrina Histórica.
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