Mais que uma associação, a Associação Cultural e Recreativa Okinawa de Londrina (ACROL) é a materialização de um sentimento coletivo que atravessa gerações: o de pertencimento e união entre descendentes de imigrantes de Okinawa no Norte do Paraná. Fundada oficialmente em 27 de abril de 1955, a entidade é fruto de um longo processo de organização comunitária iniciado ainda na década de 1930, quando os primeiros okinawanos chegaram a Londrina enfrentando desafios imensos, sobretudo de ordem econômica e cultural.

Pioneiros como Seiei Oguido, Joshin Shimabukuro e Seiti Tsuda foram os primeiros a fincar raízes por aqui, seguidos por outras famílias que se fixaram, sobretudo na Vila Casoni. Com o aumento do número de imigrantes, cresceu também a necessidade de apoio mútuo. A prática do tanomochi, espécie de associação financeira solidária, foi o embrião da mobilização coletiva que culminaria na criação da ACROL.

Antes mesmo da fundação formal da entidade, os líderes comunitários já se reuniam para debater temas fundamentais como educação, cultura e preservação dos costumes. Foi nesse contexto que surgiu o Homare Gakuen, espaço escolar voltado ao ensino da língua e tradições okinawanas. A necessidade de um espaço mais amplo de convivência levou à criação da sede social em madeira, construída com ajuda de Seimu Oguido, que também doou o terreno na rua Jaguaribe, 232.

Em 1968, foi inaugurada a sede em alvenaria, com mais de 400 m². Décadas depois, em 2008, a associação inaugurou seu moderno ginásio poliesportivo, batizado em homenagem a Seimu Oguido. Hoje, com mais de 230 famílias associadas, a ACROL mantém viva a cultura de Okinawa com atividades como karaokê, dança tradicional, sanshin, futsal, undokai, matsuri e eventos sociais e de saúde.

Fontes: Associação Cultural e Recreativa Okinawa de Londrina (ACROL). Histórico institucional. / Acervo Londrina Histórica.

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