A Londrina dos campos abertos nos anos 1980

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A imagem aérea, capturada nos anos 1980, retrata uma Londrina em transição — um território que ainda equilibrava o vigor do campo com os sinais promissores da urbanização acelerada. Em primeiro plano, imponente e solitário, destaca-se o Estádio Municipal Jacy Scaff, mais conhecido como Estádio do Café. À época, esse gigante oval de concreto parecia um monumento futurista plantado no meio da terra roxa, cercado por lavouras, pequenas chácaras e imensidões verdes que hoje deram lugar a bairros e o Autódromo Internacional Ayrton Senna.

Inaugurado em agosto de 1976, o Estádio do Café nasceu como resposta à grande fase do Londrina Esporte Clube, que experimentava glórias no Campeonato Brasileiro e precisava de uma arena à altura de sua torcida apaixonada. Com capacidade original de cerca de 45 mil pessoas, foi por anos o maior estádio do interior do Paraná, projetado não apenas para futebol, mas também para eventos grandiosos. Naquele momento, ao redor dele, quase nada havia além de estradas de terra, plantações e a promessa de um futuro urbanizado.

A ausência do autódromo, que só seria inaugurado em 1992, reforça a sensação de vazio e potencial. O Estádio parecia um ponto de chegada solitário numa periferia que começava a sentir a força de Londrina expandindo-se em todas as direções. Era a época em que a cidade — então com cerca de 300 mil habitantes — consolidava o protagonismo econômico regional, ancorada no café, nas cooperativas agrícolas e em um comércio cada vez mais pujante.

Hoje, o que eram terrenos vermelhos e campos de produção virou bairros, ruas asfaltadas, empresas e o complexo do autódromo, que tornou Londrina referência nacional no automobilismo. No entanto, o Estádio do Café, mesmo cercado por modernidade, mantém seu simbolismo como testemunha de uma Londrina que crescia sem perder seu DNA de cidade pioneira.

Fontes: Prefeitura do Município de Londrina / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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