O ano é 1948. A cidade de Londrina ainda cheira a terra vermelha, mas já transpira progresso. Nesta imagem histórica, somos convidados a revisitar a rua Maranhão e seu entorno, ainda em metamorfose. A fotografia, além de um documento visual, guarda os primeiros compassos urbanos da capital do café.

À direita, com seus traços sólidos e linhas retas, destaca-se o Edifício Londrina, com suas janelas simétricas abertas para o mundo. No lado oposto, um letreiro marcante: “Casa Manella”, um dos icônicos estabelecimentos comerciais que atendia a população de um município em franco crescimento populacional.

No primeiro plano da imagem, à esquerda, ainda é possível ver o muro do antigo escritório da Companhia de Terras Norte do Paraná, cujo terreno logo daria lugar ao edifício Autolon e ao Cine Ouro Verde. Onde hoje existe o Shopping Royal Plaza, o espaço era ocupado pela garagem da Viação Garcia, cujo ônibus se destaca fazendo uma curva na esquina entre as ruas Maranhão e Minas Gerais.

O tráfego, ainda leve, exibe uma frota variada de caminhões e veículos de passeio, enquanto pedestres atravessam calmamente a rua. Ao fundo, vê-se a vastidão do horizonte, mostrando um Norte do Paraná ainda dominado por matas, plantações e possibilidades.

A imagem revela uma Londrina ambiciosa, ainda jovem, mas já com ares de metrópole. Cada prédio, cada veículo, cada sombra de árvore plantada pelas mãos de pioneiros, carrega em si a semente de uma cidade que, em menos de duas décadas, deixaria de ser fronteira agrícola para tornar-se polo universitário, cultural e econômico do sul do Brasil.

Fontes: Blog Londrina Histórica / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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