1950

No anúncio publicitário em preto e branco, um piloto sorri confiante ao lado de um Scandia, o avião sueco que, a partir dos anos 1950, virou símbolo de sofisticação nos céus brasileiros. O cartaz anuncia com orgulho: "Agora também à Londrina você pode viajar pelo Scandia". A ilustração, feita com traços finos e ar elegante, além de destacar uma nova rota da aeronave, revela também uma nova mentalidade. Viajar de avião para Londrina, a “Capital do Norte do Paraná”, passava a ser, oficialmente, sinônimo de status, rapidez e modernidade.
A escolha do Scandia não era aleatória. Fabricado pela Saab, o modelo tinha desempenho técnico que atendia rotas médias com conforto e confiabilidade. A Viação Aérea São Paulo (VASP), fundada em 1933, apostava naquele momento na interiorização do transporte aéreo. E Londrina, com seu crescimento acelerado impulsionado pelo café, tornava-se destino estratégico.
O anúncio é, por si só, uma fotografia dos anseios de uma cidade em ascensão. Na década de 1950, Londrina deixava de ser apenas um entreposto agrícola e se consolidava como polo regional. O aeroporto, que anos antes ainda recebia pequenos aviões de hélice em pistas rudimentares, passava agora a operar voos regulares com aeronaves modernas.
A propaganda vai além da oferta de um novo serviço. Ela promete uma experiência: “rapidez, conforto, pontualidade”. E, para uma cidade marcada pelo espírito pioneiro, voar era a mais recente tradução do progresso. O embarque, figurado ali com passageiros alinhados na pista, representava o deslocamento simbólico de uma Londrina que almejava o futuro.
Fontes: Acervo VASP / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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