O ano de 1996 marcou o retorno de uma figura já conhecida da política londrinense ao executivo municipal. Com 105.988 votos, o ex-prefeito Antonio Belinati foi eleito novamente para comandar Londrina, superando Luiz Carlos Hauly em um segundo turno apertado. A vitória foi confirmada com 52,74% dos votos válidos, contra 47,26% conquistados por Hauly, que teve 94.984 votos.

Belinati, que já havia administrado o município em duas ocasiões, candidatou-se pelo PDT. A disputa foi emblemática não apenas por tratar-se de um confronto de perfis políticos e projetos administrativos distintos, mas também porque demonstrou uma polarização que mobilizou a cidade em torno de dois nomes com trajetórias consolidadas.

No primeiro turno, Belinati já despontava como favorito, com 48,86% dos votos. Luiz Carlos Hauly, por sua vez, vinha mais atrás, com 35,32%. José Tavares, do PMDB, foi o terceiro colocado com 9,69%, desempenho que, embora modesto, tornou seus eleitores alvo de intensa disputa entre os dois finalistas para o segundo turno.

A campanha de Belinati apostou no resgate de sua imagem como gestor experiente e popular. Em uma Londrina ainda marcada por desafios urbanos e econômicos, sua figura era associada a realizações administrativas e obras públicas de grande visibilidade, o que garantiu forte apelo junto ao eleitorado.

Já Hauly, representando o PSDB, compôs chapa com Carlos Alberto Garcia (PFL) e buscou se apresentar como alternativa moderna e de perfil técnico. Economista e deputado federal, tentou atrair os votos dos setores médios urbanos e dos eleitores insatisfeitos com práticas políticas anteriores, mas não conseguiu superar o capital simbólico do ex-prefeito.

O resultado reafirmou o peso da memória política recente na decisão dos londrinenses. Belinati, com base popular consolidada, conseguiu canalizar a nostalgia administrativa e transformar sua campanha em um plebiscito pessoal. Sua vitória mostrou que, mesmo diante de um adversário competitivo e articulado, o eleitorado preferia dar mais uma chance ao conhecido — ainda que controverso — ex-prefeito.

Fontes: Prefeitura do Município de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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