1980
Na Londrina da segunda metade dos anos 1970 e, especialmente, durante a década de 1980, uma revolução silenciosa estava transformando o sonho do apartamento próprio em realidade para milhares de famílias. O sistema de construção por condomínio, pioneiramente introduzido pela Construtora Brasília em 1960, havia se espalhado por toda a cidade.
O funcionamento era engenhoso: um grupo de futuros condôminos se unia para contratar uma construtora, pagando mensalmente uma parcela equivalente ao rateio do custo real da obra. Sem os impostos PIS e COFINS, que incidiam sobre as incorporações tradicionais, a economia chegava a 8% ou 9% do valor total. As parcelas eram reajustadas anualmente pelo CUB - Custo Unitário Básico, índice que refletia a variação real dos preços da construção civil.
A segurança era outro atrativo fundamental: desde o início, o imóvel ficava em nome do condômino. Se a construtora enfrentasse problemas, o grupo simplesmente contratava outra empresa para concluir a obra. Era uma modalidade que combinava economia, segurança e transparência, valores essenciais para uma classe média em ascensão.
Construtoras como Mavillar, Brastec, Khouri e Dinardi especializaram-se nesse sistema, construindo centenas de edifícios que abrigaram gerações de londrinenses. O condomínio havia democratizado o apartamento.
Na foto, o condomínio edifício Embaixador, construído em 1979.
Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007) / Prefeitura do Município de Londrina / Acervo Londrina Histórica.
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