1950
No registro fotográfico feito em algum momento entre o final dos anos 1940 e o início dos anos 1950, um instante de cotidiano na memória urbana de Londrina. A confluência da avenida Paraná com a rua Maranhão revela-se como um pequeno palco de encontros, negócios e histórias, onde pulsa o ritmo ainda desacelerado da cidade que começava a crescer com fôlego de metrópole.
À esquerda, a loja Minerva se impõe com sua fachada de linhas sóbrias e modernas para a época. Ao lado, em letras destacadas, a agência da Caixa Econômica Federal, símbolo de confiança e progresso, reflete a importância do centro londrinense como núcleo financeiro em expansão. Era também neste perímetro que comerciantes, produtores e servidores públicos tratavam de economias, créditos e sonhos.
À frente, um ônibus de modelo urbano típico da década atravessa lentamente a rua, sugerindo um transporte ainda rarefeito, mas funcional. A ausência de semáforos e a calma dos transeuntes e motoristas compõem um retrato que beira a inocência urbana, onde a pressa andava em outro ritmo.
No tráfego, automóveis arredondados e elegantes de uma classe média emergente, herdeira direta da riqueza cafeeira que moldava a economia da região. Mais ao fundo, a praça Floriano Peixoto complementa a cena com sua paisagem e sua importância simbólica como espaço de sociabilidade e manifestações cívicas.
Esse cruzamento era também um ponto de convergência cultural, onde diferentes Londrina se encontravam: a agrícola, a política, a religiosa, a comercial.
Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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