O ano de 1987 marcou o fim de uma era dourada para a construção civil londrinense. Quando o Plano Cruzado chegou ao fim, levou consigo as ilusões de estabilidade econômica que haviam alimentado o boom imobiliário dos anos anteriores. Para as construtoras que se acostumaram com o dinheiro acessível e os grandes lucros da era inflacionária, foi um despertar brutal para uma nova realidade econômica.

A construção civil sentiu diretamente o impacto da crise. O fim do Plano Cruzado foi um dos momentos mais difíceis para as empresas do setor, exigindo adaptação rápida a um cenário completamente diferente do que havia sustentado o crescimento anterior.

A crise de 1987 revelou a dependência do setor da construção civil em relação aos ciclos econômicos nacionais. As construtoras que haviam se expandido rapidamente durante o período favorável viram-se obrigadas a reduzir drasticamente suas atividades, demitir funcionários e repensar suas estratégias empresariais.

Mas a crise também separou as empresas bem estruturadas daquelas que dependiam exclusivamente do momento econômico favorável. Diversas construtoras, entre elas a Plano's, a Khouri e a Dinardi conseguiram atravessar o período difícil e se preparar para as oportunidades que surgiriam nos anos seguintes.

Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007); entrevistas com Manoel Alho da Silva. / Acervo Londrina Histórica. 

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