1979
O ano de 1979 entrou para a história da construção civil londrinense como um divisor de águas. Uma profunda crise econômica, caracterizada pela escassez de dinheiro no mercado e pela dificuldade de acesso a financiamentos, testou a resistência das construtoras locais e separou as empresas bem estruturadas daquelas que dependiam exclusivamente do momento favorável da economia.
A crise de 1979 teve múltiplas causas: o segundo choque do petróleo elevou drasticamente os custos de produção, enquanto as políticas econômicas do governo federal restringiram o crédito e reduziram a liquidez do mercado. Para a construção civil, que dependia de financiamentos e de um fluxo constante de recursos, o impacto foi devastador.
Para empresários da construção civil aquele foi um período que exigiu muito trabalho e diversificação de produtos para ser superado. Empresas públicas começaram a atrasar pagamentos, complicando ainda mais a situação das construtoras que dependiam de contratos governamentais.
Mas a crise de 1979 também revelou a maturidade do setor. As empresas que sobreviveram demonstraram capacidade de adaptação e gestão empresarial sólida, estabelecendo as bases para o boom dos anos 1980. Era o teste de fogo que preparou as construtoras locais para os desafios e oportunidades da década seguinte.
Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007); entrevistas com Manoel Alho da Silva. / Acervo Londrina Histórica.
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