Londrina tem sabores que a definem – e, entre eles, está o do sorvete da Sávio. Desde 1942, quando o Bar Sávio abriu suas portas na rua Quintino Bocaiúva, número 990, os londrinenses criaram memórias doces naquele espaço modesto, onde se namorava à tarde e se refrescava o paladar da infância. Mas o que hoje conhecemos como a tradicional Sávio Sorvetes começou de forma despretensiosa, marcada por uma casualidade feliz.

Em 1949, o patriarca Ângelo Sávio adquiriu uma máquina de fazer sorvete. O bar, que antes servia refeições simples e bebidas, passou a ser conhecido como Bar e Sorveteria Sávio, tocado por Ângelo e seus filhos João, Pedro e Antônio. O ponto de virada veio de uma situação corriqueira: um cliente pediu uma vitamina de coco com leite e açúcar. João, então, preparou a mistura com tamanha cremosidade que a transformou em um sucesso de vendas. O nome veio depois: Espumoni. Um nome novo para uma receita que, sem querer, marcou uma geração.

A demanda pelo sorvete de palito Espumoni cresceu tanto que, em 1962, a família decidiu fechar o bar e fundar a Sávio de Sorvetes Espumoni Ltda., entrando de vez na indústria alimentícia. A tradição familiar seguiu com Érico Sávio, neto de Ângelo e filho de João, que assumiu o comando em 1983, modernizando os processos sem abrir mão da qualidade artesanal que caracterizou a marca desde o início.

Hoje, a Sávio conta com dezenas de colaboradores e equipamentos de ponta. Érico e sua esposa Valéria, química de formação, coordenam o desenvolvimento de produtos que abastecem pontos de venda em Londrina e região. O que começou com uma vitamina virou sinônimo de sorvete de qualidade e parte do patrimônio afetivo da cidade.

Na foto, João Sávio, e Ângelo Sávio, fundador  da empresa.

Fontes: Sávio Sorvetes / Acervo Londrina Histórica.

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