1935
Em 1935, a paisagem de Londrina era dominada por cafezais, colônias agrícolas e longas extensões de mata virgem. O primeiro apito de locomotiva ecoou pelos campos vermelhos do norte paranaense como um sinal de transformação. A fotografia de Francisco de Almeida Lopes registra esse instante de virada: a chegada do trem e a inauguração da primeira estação ferroviária da cidade.
Simples em sua arquitetura, a estação era um portal para o progresso. Conectava a jovem Londrina ao Porto de Santos e, por consequência, ao mundo. Era ali que seria despachado o café que faria girar a economia e também que se receberiam pessoas e ideias novas. Por entre os trilhos, transitava o futuro de uma cidade que nascia moderna.
Funcionando entre 1935 e 1946, a estação inicial teve vida curta, mas papel imenso. Sua demolição, para dar lugar a uma estrutura mais robusta, sinalizava o crescimento acelerado de uma cidade que nasceu para ser grande. Durante as obras da nova estação, os passageiros embarcavam na plataforma do armazém de cargas, o que não impediu o fluxo. Em 1949, antes mesmo da inauguração oficial em 1950, a nova estação já era usada – mostrando a urgência e a pulsação da cidade em formação.
É interessante pensar que, antes da ferrovia, os deslocamentos na região dependiam de trilhas e estradas de terra, precárias e intransitáveis na chuva. O trem, então, foi civilização em marcha. Um símbolo da transformação da colônia agrícola de 1930 na metrópole regional das décadas seguintes.
Fontes: Blog Londrina Histórica / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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