A geada que mudou os rumos da construção civil

1975



Em 1975, uma geada devastadora varreu o Norte do Paraná, destruindo cafezais e alterando para sempre a economia regional. Para Londrina, que tinha na agricultura sua principal base econômica, o impacto foi profundo. Mas paradoxalmente, essa tragédia climática acabou acelerando um processo que já estava em curso: a verticalização da cidade.

Com a agricultura em crise, muitos produtores rurais migraram para a cidade, aumentando a demanda por habitação urbana. Simultaneamente, capitais que antes eram investidos no campo passaram a buscar alternativas na construção civil. Era o início de uma transformação que faria de Londrina uma das cidades que mais cresceram verticalmente no Brasil.

A Construtora Brasília, que já atuava no mercado desde 1959, sentiu diretamente os efeitos da geada. Como relembrou Manoel Alho da Silva, fundador da empresa, em entrevista a Viviane Rodrigues de Lima Passos, registrada na dissertação de mestrado “A Verticalização de Londrina: 1970/2000 – Ação dos Promotores Imobiliários”, 1975 foi um ano de crise que exigiu muito trabalho e diversificação para ser superado. Mas foi também o momento em que a construção de edifícios se consolidou como alternativa econômica viável.

A partir da segunda metade dos anos 1970, Londrina começou a crescer para o alto de forma mais intensa. O que havia começado como necessidade tornou-se oportunidade, e a cidade descobriu na verticalização uma nova vocação que a acompanharia pelas décadas seguintes.

Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007) / Acervo Londrina Histórica.

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