1980
As noites dos anos 1980 e 1990 em Londrina eram embaladas por luzes pulsantes, som estéreo com alta qualidade e batidas que ecoavam no peito — e esse lugar tinha nome: Baturité.
O letreiro iluminado, como se vê na imagem, rasgava a escuridão como um farol de boas-vindas. Para muita gente que viveu a sua juventude naquele período, a Baturité era mais do que um bar ou uma danceteria, era um rito de passagem. Ficava aceso como promessa de noites intensas, sempre no compasso dos grandes hits, do rock nacional e dos clássicos das pistas.
Comandada por Ely Yabu, a Baturité sabia exatamente como fisgar uma geração inteira. Era democrática: recebia adolescentes nos domingos à tarde, na matinê. E, à noite, especialmente às sextas e sábados, virava templo da juventude: jeans desbotado, cabelo armado, paquera à vista..
Era ponto de encontro, mas também de descobertas. Muitos ali deram o primeiro beijo, dançaram a primeira lenta, tomaram o primeiro fora — ou o primeiro porre. E ainda assim, voltavam no sábado seguinte, para mais uma dose.
O tempo passou, a Baturité fechou suas portas, mas jamais seu ciclo. Porque ela sobrevive, como tantas outras memórias afetivas, onde o tempo é incapaz de tocar: na memória coletiva. Basta tocar um hit do A-ha ou do RPM e lá está ela de novo: viva, vibrante, cheia.
Nos comentários nostálgicos de vídeos no YouTube, em grupos de rede social ou nas conversas de bar entre amigos de meia-idade, sempre surge a Baturité como lembrança de um tempo bom.
Fontes: O Londrinense / Acervo Londrina Histórica.
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